quinta-feira, 6 de outubro de 2011

HISTÓRIA DA EBD

A HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL

I.                  Nos dias de Moisés.


II.               Na época dos sacerdotes, reis e profetas de Israel.


III.           Durante o cativeiro babilônico.


IV.           Nos pós-cativeiro.


V.              Nos dias de Jesus.


VI.           Nos dias da Igreja.


VII.       A fase atual – A Escola Dominical moderna.


VIII.    Alguns fatos históricos.


IX.           A Escola Dominical no Brasil.


X.              Os Objetivos da Escola Dominical.


A Escola Dominical tal como a temos hoje é uma instituição moderna, mas tem suas raízes aprofundadas na antiguidade do Antigo Testamento, nas prescrições dadas por Deus aos patriarcas e ao povo de Israel.

A Escola, como a temos hoje não havia então, mas havia o princípio fundamental – o do ensino bíblico determinado por Deus aos fiéis e aos estranhos ao seu redor.

Sempre pesou sobre o povo de Deus a responsabilidade de ensinar a lei divina.

A Escola Dominical é a fase presente da instrução bíblica milenar que sempre caracterizou o povo de Deus.

Estudemos em resumo, como se desenvolveu a instrução religiosa nos tempos modernos, isto é, os primórdios que depois resultam na origem e desenvolvimento da Escola Dominical em sua forma atual.


I.            Nos dias de Moisés.


Examinando o Pentateuco, vemos que no princípio, entre o povo de Deus, eram os próprios pais os responsáveis pelo ensino da revelação divina no lar. O lar, então, era de fato uma escola onde os filhos aprendiam a temer e amar a Deus (Dt 6.7; 11.18,19).

Havia também reuniões públicas de que participavam homens, mulheres e crianças, aprendendo a lei divina (Dt 31.12,13).


II.         Na época dos sacerdotes, reis e profetas de Israel.

Os sacerdotes, além do culto divino, tinham o encargo do ensino da lei (Dt 24.8; 1 Sm 12.23; 2 Cr 15.3; Jr 18.8).

Os sacerdotes eram intermediários entre o povo e Deus, e assim como os profetas eram intermediários entre Deus e o povo.

Os reis de Judá, quando piedosos, aliavam-se aos sacerdotes na promoção do ensino bíblico. Temos disto um exemplo no bom rei Josafá que enviou líderes levitas e sacerdotes por toda a terra de Judá para ensinarem ao povo a Lei do Senhor (2 Cr 17.7-9).


III.       Durante o cativeiro babilônico.

Nessa época, os judeus no exílio, privados do seu grandioso templo em Jerusalém, instituíram as sinagogas tão mencionadas no Novo Testamento. A sinagoga era usada como escola bíblica, casa de cultos e escola pública. O filósofo judeu, Philo, de Alexandria, falecido em 50 d. C. com seu testemunho insuspeito, afirma que “as sinagogas eram casas de ensino, tanto para crianças como para adultos”. – Benson.

Na sinagoga a criança recebia instrução religiosa dos 5 aos 10 anos, comentários e tradições dos rabinos. Aos sábados, a principal reunião era a matutina, incluindo jovens e adultos.

IV.      No pós-cativeiro.


Nos dias de Esdras e Neemias, lemos que quando o povo voltou do cativeiro, um grande avivamento espiritual teve lugar entre os israelitas.

Esse despertamento espiritual teve origem numa intensa disseminação da Palavra de Deus e incluiu um vigoroso ministério de ensino bíblico.

É dessa época que temos o relato do primeiro movimento de ensino bíblico metódico popular similar ao da Escola Dominical de hoje.

O capítulo 8 do livro de Neemias dá um relato de como era a escola bíblica popular de então – ou como chamamos hoje: Escola Dominical.

Esdras era o superintendente (Ne 8.2); o livro-texto era a Bíblia (v.3); os alunos eram homens, mulheres e crianças (v.3; 12.43).

Treze auxiliares ajudavam a Esdras na direção dos trabalhos (v.4) e outros treze serviam como professores ministrando o ensino (vv.7,8). O horário ia da manhã ao meio-dia (v.3).

Afirma o versículo 8 que os professores liam a Palavra de Deus e explicavam o sentido para que o povo entendesse.

É certo que aí há um problema linguístico envolvido (o povo falando o aramaico ao retornar do exílio), mas o que sobressai mesmo é o ensino da Palavra, patente em todo o capítulo.

Por certo, o leitor gostaria de ter pertencido a uma escola assim, espiritualmente avivada.

O resultado desse movimento de ensino da Palavra foi a operação do Espírito Santo em profundidade no meio do povo, conforme atesta todo o capítulo 9 e os subsequentes do livro de Neemias.

É o cumprimento da promessa de Deus em Isaías 55.11.


V.         Nos dias de Jesus.


A.  Jesus foi o Grande Mestre, glorificando assim a missão de ensinar. Das 90 vezes que alguém se dirigiu a Cristo nos Evangelhos, 60 vezes Ele é chamado de “Mestre”. Grande parte do ministério de nosso Senhor foi ocupado com o ensino. (Ver Mateus 4.23; 9.35; Lucas 20.1).

Sua última comissão à Igreja foi “Ide e ensinai”, (Mt 28.19,20). Sua ordem é clara.                                               

 A quem e onde Jesus ensinava?

·       Nas sinagogas (Mc 6.2).

·       Em casas particulares (Mc 2.1; Lc 5.17).

·       No templo (Mc 12.35)

·       Nas aldeias (Mc 6.6).

·       Às multidões (Mc 6.34).

·       A pequenos grupos e individualmente (Lc 24.27; Jo caps. 3 e 4).


B. O ministério de Jesus era tríplice: Ele pregava, ensinava e operava milagres. Era, pois, um ministério de poder.



Pela pregação Ele anunciava as boas-novas de salvação; pelo ensino, edificava a fé dos que criam, e pelos milagres, manifestava seu poder, sua divindade e glorificava ao Pai. Esse mesmo ministério tríplice foi ordenado e confiado à Igreja (Mt 28.19; Mc 16.15,18).



C. Seus apóstolos também ensinavam (Mc 6.30b; At 5.21).



D. Aplicação. É evidente que se a Igreja de hoje cuidasse devidamente do ensino bíblico junto às crianças e novos convertidos, teríamos uma igreja muito maior.



Pecadores aos milhares convertem-se, mas poucos permanecem porque lhes falta o apropriado ensino bíblico que lhes cimente a fé. Falta-lhes raiz ou base espiritual sólida e profunda. A planta da parábola morreu, não porque o sol crestou-a, mas, principalmente porque não tinha raiz (Mt 13.6).


VI.      Nos dias da Igreja.

A.  Após a ascensão do Senhor, os apóstolos e discípulos continuaram a ensinar. A igreja dos dias primitivos dava muita importância a esse ministério (At 5.41,42)


B.  São Paulo, um grande mestre, foi maravilhosamente usado por Deus nesse mister. Nos seus escritos há alimento, tanto para adultos como para crianças de todas as idades. Ele e Barnabé, por exemplo, passaram um ano todo ensinando na igreja em Antioquia (At 11.26). Em Éfeso, ficou três anos ensinado (At 20.20,31). Em Corinto, ficou em ano e seis meses (At 18.11). Seus últimos dias em Roma foram ocupados com o ensino da Palavra (At 28.31).

C.  Mais tarde vemos que a marcha do ensino bíblico na Igreja sofreu solução de continuidade, devido a males que penetraram no meio da mesma. Houve calmaria. A Igreja ficou estacionária. Ganhou fama, mas perdeu poder. Abandonou o método prescrito por Jesus: o de pregar e ensinar. Sobrevieram as seguir as densas trevas espirituais da Idade Média.

D.  Muitos séculos depois, veio a Reforma Religiosa e com ela a imperiosa necessidade de ensino bíblico para instruir os crentes, consolidar o movimento e garantir sua prossecução. Os líderes da Reforma dedicaram especial atenção ao preparo de livros de instrução religiosa, bem como reuniões destinadas a esse mister. Eles sabiam que o trabalho não consistia somente em pregar, mas também em instruir espiritualmente.

E.   Tanto o pregador como o professor usa a Palavra de Deus, mas os ministérios são diferentes. O pregador anuncia ou expõe o Evangelho, a Palavra de Deus. Assim fazendo, ele lança a rede e as almas perdidas são ganhas para Jesus. Já o professor, sua missão é instruir, simplificar as verdades bíblicas, ilustrá-las, dessecar o texto bíblico e repetir os ensinos bíblicos até que todos entendam as verdades que ele deseja transmitir. O professor da Escola Dominical deve lembrar-se que ensinar não é pregar. Diante de sua classe, ele não é orador, e sim professor.

F.   A Igreja de hoje nunca deverá esquecer a amarga e desastrosa decorrência do descuido e abandono da instrução religiosa das crianças nos tempos que precedem a tenebrosa Idade Média.


VII.    A fase atual – a Escola Dominical moderna.


A. O movimento religioso que nos deu a Escola Dominical como a temos hoje, começou em 1780, na cidade de Gloucester, no sul da Inglaterra. O fundador foi o jornalista evangélico (episcopal) Robert Raikes, de 44 anos, redator do Gloucester Journal. Raikes foi inspirado a fundar a Escola Dominical ao sentir compaixão pelas crianças de sua cidade, perambulando pelas ruas, entregues à delinquência, pilhagem, ociosidade e ao vício, sem qualquer orientação espiritual. Ele, que já há quinze anos trabalhava entre os detentos das prisões da cidade, pensou no futuro daquelas crianças e decidiu fazer algo em seu favor, a fim de que mais tarde elas também não fossem para a cadeia. Procurava as crianças em plena rua e em casa dos pais e as conduzia ao local da reunião, fazendo-lhes apelos para que todos os domingos estivessem ali reunidas. O início do trabalho não foi fácil.

Outro grande promotor da Escola Dominical então incipiente foi o batista londrino William Fox, trabalhando harmonicamente com Raikes.



B.  De acordo com as diretrizes de Raikes, nas reuniões dominicais, além do ensino das Escrituras, eram também ministrados às crianças rudimentos de linguagem, aritmética e instrução moral e cívica. O ensino das Escrituras consistia quase sempre de leitura e recitação. Em seguida, teve início a prática de comentar os versículos lidos. Muito depois é que surgiu a revista da Escola Dominical, com lições seguidas e apropriadas.


C. Raikes enfrentou oposição. As igrejas da época encararam o surgimento da Escola Dominical como uma inovação e coisa desnecessária. Os mais zelosos (?) acusavam Raikes de “profanador do domingo” (Anders). Diziam os seus oponentes que reuniões de crianças mal comportadas, no templo, era uma profanação. Raikes não tomava conhecimento disso e a obra tomava vulto. O jornal do qual ele era redator foi uma coluna forte na defesa e apoio da novel instituição, publicando extensa série de artigos sob o título A Escola Dominical, reproduzidos nos jornais londrinos.


Foi assim o começo da Escola Dominical – o começo de um dos mais poderosos movimentos da história da Igreja.

VIII.   Alguns fatos históricos.


A.  Ao fundar a primeira Escola Dominical em 20-7-1780, Raikes estabeleceu o seguinte: desenvolver inicialmente uma fase experimental de três anos de trabalho. Após isso, conforme os frutos produzidos, ele divulgaria ao mundo tudo sobre o trabalho em andamento.


 Mal sabia Raikes que estava lançando os fundamentos de uma obra espiritual que atravessaria os séculos e abarcaria o globo, chegando até nós, a ponto de ter hoje dezenas de milhões de alunos e professores, sendo a maior e mais poderosa agência de ensino da Palavra de Deus de que a Igreja dispõe.

Nessa fase experimental (1780-1783), Raikes fundou 7 Escolas Dominicais somente em Gloucester, tendo cada uma 30 alunos em média.

Os abençoados frutos do trabalho logo surgiram entre as crianças, refletindo isso profundamente nos próprios pais. Estava dando certa a experiência com a Palavra de Deus! O que pode fazer a fé em Deus e o amor a Ele e ao próximo!


B.  Foi no dia 3 de novembro de 1783 em que Raikes triunfalmente publicou em seu jornal a trans formação ocorrida na vida de suas crianças. Até hoje, 3-11-1783 é considerado como o dia natalício da Escola Dominical.

Os benditos e abundantes resultados causaram tal impacto no modo de vida da sociedade, que um ano após (1784), Raikes era o homem mais popular da Inglaterra.


No ano seguinte (1785) ele organizou a primeira União de Escolas Dominicais, em Gloucester.


Agora, as igrejas passaram a dar apoio ao trabalho de Raikes. A Escola Dominical passou das casas particulares para templos, os quais passaram a encher-se de crianças.


C.  Antes de Raikes já havia reuniões similares de instrução bíblicas, é evidente, mas foi ele quem, usado por Deus, popularizou e dinamizou o movimento.

Na linguagem dos comerciantes, foi ele quem pôs a mercadoria na praça. Por sua vez, o atual sistema de escolas públicas gratuitas inspirou-se no movimento da Escola Dominical.  

D.  Após o dealbar do século XIX, muitos outros países adotaram a Escola Dominical, sempre com excelentes resultados.

A própria Inglaterra reconhece que foi preservada de movimentos políticos extremistas e radicais, como o da Revolução Francesa de 1789, graças ao despertamento espiritual através de Wesley e Whitefield,  e a educação religiosa provida pela Escola Dominical.

E.   Durante muito tempo, só criança freqüentava a Escola Dominical. Os adultos ingressaram depois. Hoje, em inúmeros lugares, ocorre o inverso: quase só adultos são beneficiados, ficando as crianças em último plano.

F.   Em 1784, isto é, quatro anos após o início do movimento, a Escola Dominical já contava com 250 mil alunos matriculados.


G.  A Escola Dominical é hoje um dos fatores de promoção do reino de Deus e dos destinos do mundo, através dos cidadãos nela formados.


Atualmente, o número de alunos em todo o mundo é estimado em 145 milhões, e 10 milhões de professores.  

Quem diria que um começo tão humilde como aquele de 1780, através do irmão Raikes, chegasse a tão elevado dividendo?


Está escrito em Zacarias 4.10 “...Quem desprezará o dia das coisas pequenas?”.


IX.      A Escola Dominical no Brasil.

A Escola Dominical teve seu início entre nós em 19 de agosto de 1855 na cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro.

O fundador foi o missionário Robert Kalley e sua esposa, Dª Sarah Poulton Kalley, da Igreja Congregacional. Eram escoceses. Ele fora um médico ateu.
Depois foi salvo sob circunstâncias especiais e, chamado por Deus, entregou-se à obra missionária.

Na primeira reunião da Escola Dominical no Brasil, que teve lugar em Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, na data acima, a freqüência foi de cinco crianças...

Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil. Desde então, o crescimento da Escola Dominical no Brasil tem sido Maravilhoso.
Houve sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855, no Rio de Janeiro, porém, em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana.

A.  Remontando ao passado, as primeiras reuniões de instrução bíblica no Brasil, no ponto de  vista evangélico, ocorreram durante a permanência aqui, dos crentes calvinistas que desembarcaram na Guanabara em 1557.

Nessa ocasião realizaram o primeiro culto evangélico em terras do continente americano, em 10 de março do mesmo ano.

B.    A segunda fase de tais reuniões deu-se durante o domínio holandês no Nordeste, a partir de 1630, por crentes da Igreja Reformada Holandesa, quando vários núcleos evangélicos foram estabelecidos naquela região.

Na mesma época foram realizados na Bahia, por ocasião da primeira invasão holandesa. Tudo isso cessou com o fim dos mencionados domínios (em 1650) e a feroz campanha de extinção movida pela Igreja Romana de então.


C.     Mas em 1855, a Escola Dominical veio para ficar. E ficou! E avançou como fogo em campo aberto, impelida pelo zelo de milhares de seus obreiros, inflamados pelo Espírito Santo!


Sim, desde então, vem a Escola Dominical crescendo sempre entre todas as denominações, e onde quer estas cheguem, a Escola Dominical é logo implantada, produzindo sem demora seus excelentes resultados na vida dos alunos, na igreja, no lar, na comunidade, e refletindo tudo isso na nação inteira.

Foi assim o começo da Escola Dominical – começo de um dos mais poderosos avivamentos da história da Igreja.

D.  Lembremo-nos, a Escola Dominical nasceu como um movimento entre as crianças. Depois é que os adultos ingressaram. Lembremo-nos ainda que a ordem de Jesus “Ide a toda criatura”, inclui as crianças, que são pequenas criaturas.

E.   A posição de Jesus quanto à criança, Ele deixou-a bem clara: “no meio”, isto é, “no meio dos discípulos” (Mc 9.36); no meio, portanto da Igreja. Noutras palavras: no centro de sua atenção, interesse e cuidado. Enquanto Jesus fez assim em inúmeras igrejas hoje, a criança é ignorada ou fica por último. Aprendamos com Jesus. O plano divino no Antigo Testamento incluía também a criança (Dt 31.12; Ne 12.43).


F.   O Brasil defronta-se hoje com problemas espirituais, sociais e morais idênticos aos que precederam a fundação da Escola Dominical na Inglaterra, mormente no que tange a delinqüência juvenil e desagregação da família.

A solução cabal para esses males que tanto preocupam o governo e as autoridades em geral estão na regeneração espiritual preconizada na Palavra de Deus, através da Escola Dominical.

A Igreja de Deus precisa, pois, explorar todo o potencial da Escola Dominical, como agência de ensino da Palavra de Deus e evangelização em geral.

X.         Os Objetivos da Escola Dominical 

I.            Ganhar almas para Jesus.

II.          Desenvolver a espiritualidade e o caráter cristão dos alunos.

III.        Treinar o cristão para o serviço do Mestre.

A Escola Dominical é a escola de ensino bíblico da Igreja, que evangeliza enquanto ensina a Palavra de Deus. Ela conjuga os dois lados da comissão de Jesus à Igreja.

A Escola Dominical tem objetivos definidos para atingir. Não se trata apenas de uma reunião domingueira comum, ou um culto a mais. Esses objetivos são três, a saber:

I.            Ganhar almas para Jesus.
A Escola Dominical, como iremos mostrar depois, pode tornar-se num dos mais eficientes meios de evangelização.

A.  O primeiro grande dever do professor da Escola Dominical é agir e orar diante de Deus no sentido de que todos seus alunos aceitem Jesus como Salvador e o sigam como seu Senhor e Mestre. Há professores que ensinam a verdade bíblica durante anos sem nunca verem um aluno convertido, talvez porque nunca os levaram a aceitar a Cristo na própria sala de aula.

O meio certo de levar almas a Cristo é usar a Palavra e confiar na operação do Espírito Santo (Jo 3.5;16.8; 1 Pe 1,23). O professor não salvar seus alunos, mas pode levá-los a Cristo o Salvador, como fez André (Jo 1.42).

A Bíblia não diz: “Ensina a criança no caminho em que ela vai andar, ou quer andar”, mas: “no caminho em que ela deve andar” (Pv 22.6 ARA).

O Salmo 51.13 mostra que o ensino da Palavra conduz à conversão dos pecadores.


B.  Aplicação. Temos lido de Escolas Dominicais, cujo relatório nacional registra dezenas de milhares de conversões em um ano, evangelizando enquanto ensina nas classes, bem como noutras atividades programadas pela Escola.

II.         Desenvolver a espiritualidade e o caráter cristão dos alunos. 

A.  O ensino da Palavra é uma obra espiritual. Significa a cultura da alma. Ganhar o aluno para Cristo é apenas o início da obra; é mister cuidar em seguida da formação dos hábitos cristãos, os quais resultarão num caráter ideal modelado pela Palavra de Deus. São os hábitos que formam o caráter e este influi no destino da pessoa. Afirma a psicologia: o pensamento conduz ao ato, o ato conduz ao hábito, o hábito conduz ao caráter, o caráter conduz ao destino da pessoa. Isso humanamente falando.

B.  Em toda parte vê-se um crescente interesse no campo da instrução secular, notadamente no que tange à infância. Com o devido respeito à essa instrução que temos por indispensável para o progresso e sobrevivência de um povo, queremos afirmar que a escola provê apenas instrução, mas não provê educação. Esta tem que vir do lar e da Igreja, se esta for bíblica fundamental. Deixe a criança sem instrução e veja o resultado! O mesmo acontece espiritualmente ao novo convertido, seja criança, jovem, adulto ou idoso.

C.  Uma Escola Dominical dotada de obreiros treinados e cheios do Espírito Santo pode contribuir eficazmente para a implantação da santíssima fé cristã entre os homens. Não podemos esperar isso da escola pública. É a Igreja Evangélica que tem de cuidar disso por meio de sua agência de ensino que é a Escola Dominical.

D.  O futuro do novo convertido (infante ou adulto) depende do que lhe for ensinado agora. Nesse sentido, o alvo do professor deve ser o de ajudar cada aluno convertido a viver uma vida verdadeiramente cristã, em inteira consagração a Deus, e cheios do Espírito Santo.

E.   Um dos intuitos, pois, da Escola Dominical, é o de fazer de seus alunos, homens e mulheres, verdadeiros cristãos, cujas vidas se assemelhem em palavras e obras ao ideal apresentado em Jesus Cristo, conforme lemos em Colossenses 1.28; Ef 4.13. Vê-se, portanto, que a tarefa do professor da Escola Dominical é da máxima importância e do maior alcance, precisando não somente de conhecimentos da matéria (a Bíblia), e da arte de ensinar (Pedagogia) mas também de influenciar e orientar o pensamento do aluno, resultando em contínua moldagem do caráter cristão ideal, no sentido moral e espiritual.

III.       Treinar o cristão para o serviço do Mestre.

A. Ao prover treinamento espiritual, a Escola Dominical apresenta ao aluno oportunidades ilimitadas de servir ao divino Mestre. Inúmeros obreiros das nossas igrejas saíram da Escola Dominical. Talvez o leitor seja um deles. Grandes frutos têm produzidos a Escola Dominical. O famoso e sempre lembrado evangelista D.L. Moody foi um deles. Esse serviço tanto pode ser na igreja local, como em qualquer parte do país, ou do mundo, aonde o Senhor enviar os seus servos.

B. O privilégio de contribuir para a causa de Cristo e o dever de empreender alguma espécie de atividade cristã, são coisas que devem ser trazidas à consciência dos alunos da escola, com oração.


C. O lema da Escola Dominical completa deve ser:

·       Cada aluno um crente salvo.

·       Cada salvo, bem treinado.

·       Cada aluno treinado, um obreiro ativo, diligente, dinâmico.

Assim, o tríplice objetivo pode ser resumido em três frases: aceitar a Jesus; crescer em Jesus; servir a Jesus.

D.  O tríplice alvo da Escola Dominical que acabamos de expor, pode ser plenamente atingido, pois se trata do trabalho do Senhor Jesus. O que se requer é obreiros cheios do Espírito Santo e de fé na Palavra de Deus, e treinados para o desempenho de tão elevado ministério. O mandamento divino é que falemos a Palavra (2 Tm 4.2). Sabemos que ela é poderosa tanto para operar na esfera da mente, como no coração das criancinhas, adultos e encanecidos.

E.   O alvo da Escola Dominical é nobre e elevado em todos os pontos de vista. Ela, na Igreja, cuida das vidas em formação, seja no sentido social ou espiritual. Coopera eficazmente com o lar na formação moral de crianças e adolescentes, instilando neles os hábitos, ideais e princípios cristãos segundo as Santas Escrituras. Nela, também os adultos vão encontrar horas de prazer no estudo bíblico. Mas para que a Escola Dominical alcance seu objetivo, ela precisa empregar meios e métodos eficazes, sem jamais afastar-se duma esfera genuinamente espiritual.

F.    As Assembléias de Deus no Brasil, sendo, como é sabido, o maior movimento pentecostal em todo o mundo, não tem explorado todo o terreno ou potencial da Escola Dominical, nem lançado mão de todos os seus recursos.

O descuido nessa parte reflete diretamente nas crianças de hoje e nos jovens de amanhã. A orientação e formação de professores, especialmente no setor infantil é uma premente necessidade.

No descuido quanto ao ensino bíblico, os mais prejudicados são as crianças. Conforme 2 Reis 4.38-41, podemos pagar muito caro por uma só ignorância espiritual, se assim aplicarmos aquele incidente.

Nossas crianças levam em média 700 horas anuais na escola de instrução secular, preparando-se para uma vida terrena tão curta.

Não podem elas passar pelo menos 52 horas na Escola Dominical, preparando-se para a outra vida, que é eterna?

Um aluno que sempre freqüentou a Escola Dominical, aos 18 anos terá tido umas 936 horas/aula. No mesmo período, numa escola secular, ele terá cerca de 8.000 horas/aula.

G.  Fiquemos certos que o Diabo não dorme quando os trabalhadores cruzam os braços (Mt 13.25). Uma de sua atividade predileta é a de roubar a Palavra de Deus.

E isto ele faz de muitas maneiras, até nos púlpitos onde muitas vezes o tempo que seria da Palavra de Deus é desperdiçado com coisas vãs, sem qualquer edificação (Lc 8.12).

De nossas observações através do vasto Brasil, verificamos que inúmeras escolas são dirigidas sem muita ou nenhuma preocupação de alvo definidos, como acabamos de esboçar.

H.  Está sua Escola Dominical atingindo em cheio o alvo que lhe está proposto? Se não, ore, aja, coopere! Faça alguma coisa agora neste sentido!

É tempo de explorarmos o ilimitado potencial latente no vasto campo da Escola Dominical entre nós!

I.      O tríplice alvo da Escola Dominical pode ser plenamente atingido, pois a obra pertence a Deus, pela qual Ele vela com insondável amor.

O que se requer é obreiros cheios do Espírito Santo e de fé na Palavra de Deus, e treinados para o desempenho de tão elevado mister,como já dissemos.

J.    Pelo testemunho da História, por seus objetivos e pelos frutos alcançados, a Escola Dominical é a melhor escola do mundo.
 Eis o porquê dessa primazia:
·       Seu livro-texto é o melhor do mundo: A Palavra de Deus, o mapa que nos guia ao céu.

·       Seu supremo dirigente é o Deus vivo Todo-Poderoso e amoroso, que criou os mundos.

·       Seu alcance é o mais vasto do mundo: vai do bebê ao ancião mais idoso.

·       Seus alunos são o melhor povo do mundo: os que conhecem e amam a Deus sua e a sua Palavra.

·       Seus resultados são os melhores do mundo, porque são infalíveis, materiais, espirituais e eternos.

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